Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

RITUAL (Valmir Pimentel Amaral)



Quando o amor vier, quero estar preparado,
orgulhoso pela condição de ser um mortal.
Vestir-me da minha nudez.  Imaculado
corpo humano, provido do bem e mal.

Quando o amor vier, prová-lo-ei por completo,
destinando a minha razão aos porões do esquecimento.
quero ser um oásis no mais árido deserto,
para saciar a tua sede no meu contentamento.

De mãos dadas, quero recebe-lo contigo.
De mãos dadas, abraçando n’alma este doce perigo.
Termos, de tudo, um pouco e, de tudo, o mundo.

Deixemo-lo invadir-nos, tomando-nos a respiração.
Fazê-lo conhecedor das nossas almas, oriundo
ser de plêiades existentes em cada humano coração.


 Copyright © 2013 by Valmir Pimentel Amaral
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