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MEUS ESTIMADOS AMIGOS - DIA DO POETA (Emanuel Galvão)

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Para começar a semana Visitei meu amigo Mário Refiro-me ao Quintana E para meu poema  ficar danado de bom Parceria com Drummond Para ele não conter vícios Parceria com Vinicius E ser amigo do rei Nessa grande brincadeira Acompanhei Manuel Bandeira Também entre as pedras Cresceu minha poesia Cresceu com essa menina Grande Cora Coralina Poesia não precisa de motivo Basta ler em Ledo Ivo Quero iluminar de cima Acendendo lampiões Como fez Jorge de Lima Fazer um poema elegante Sofisticado, bacana Como faz o Afonso O Romano de Sant’anna Fazer poesia que arde Como faz Bruna Lombardi Não escrever coisa atoa Como fez Fernado Pessoa Fazer veros de quilate Como o Olavo Bilac Poema que seja casa Grande como uma mansão Como ergueu Gonzaga Leão Poema de morte e vida Severina vida sem teto Trabalhar no mesmo tema Faze grande o meu poema Como João Cabral de melo Neto Poema que a boca escarra E que escreve com a mão Que afaga e apedreja Sem flores e seus arranjos Como fez Augusto dos Anjos E na Can...

NATAL DE UM PÁRIA (Pedro Onofre)

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- Mamãe, papai Noel é mesmo um bom velhinho? Se ele em verdade existe, assim como é falado, por que não se lembrou de mim, esse enjeitado que pra calçar não tem sequer um sapatinho? E aquela pobre mãe, cabelo em desalinho, o olhar busca esconder, tristonho e marejado do pranto que verteu. Encara com cuidado o filho, preocupada em demonstrar carinho. Tenta expulsar do rosto essa expressão sombria e num sussurro diz ao filho de repente: - Se acaso ele existisse, o que lhe pediria? E a criança ao responder-lhe, incrédula sorri. - Queria que me desse, mãe, como presente. na Noite de Natal, o pai que nunca vi. Este soneto consta do livro “Poesias completas de Pedro Onofre”, lançado dia 22 de dezembro. *Veja mais do autor aqui: