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Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

SERRA DA BARRIGA (Rosimeire Bernado)

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Desprendo de mim e ouço as fortes pisadas nas folhas secas. Será um negro cansado fugindo do branco? Ou serei eu, fugindo do descuido humano? Mundaú quase não te lambe, Serra. Mundaú está morrendo. Daqui de cima o vejo correndo devagar, sem forças com os ossos que se mostram sem nenhum pudor. Cuidado Serra! As canas que te beijam podem te engolir. Cuidado serra! Os animais que pensam podem te desmatar. Negro que lutou para viver em liberdade teus descendentes lutam para se libertar da ganância dos novos senhores de engenho. Oh liberdade quase conquistada! Não se afasta! Não quero a liberdade amanhã. QUERO SER LIVRE HOJE. — Copyright © 2013 by Rosimeire Bernado All rights reserved.