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MEUS ESTIMADOS AMIGOS - DIA DO POETA (Emanuel Galvão)

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Para começar a semana Visitei meu amigo Mário Refiro-me ao Quintana E para meu poema  ficar danado de bom Parceria com Drummond Para ele não conter vícios Parceria com Vinicius E ser amigo do rei Nessa grande brincadeira Acompanhei Manuel Bandeira Também entre as pedras Cresceu minha poesia Cresceu com essa menina Grande Cora Coralina Poesia não precisa de motivo Basta ler em Ledo Ivo Quero iluminar de cima Acendendo lampiões Como fez Jorge de Lima Fazer um poema elegante Sofisticado, bacana Como faz o Afonso O Romano de Sant’anna Fazer poesia que arde Como faz Bruna Lombardi Não escrever coisa atoa Como fez Fernado Pessoa Fazer veros de quilate Como o Olavo Bilac Poema que seja casa Grande como uma mansão Como ergueu Gonzaga Leão Poema de morte e vida Severina vida sem teto Trabalhar no mesmo tema Faze grande o meu poema Como João Cabral de melo Neto Poema que a boca escarra E que escreve com a mão Que afaga e apedreja Sem flores e seus arranjos Como fez Augusto dos Anjos E na Can...

ESSA QUE EU HEI DE AMAR... (Guilherme de Almeida)

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Mulher Caminhando Poto: Erian Stock Deviantart Essa que eu hei de amar perdidamente um dia, será tão loura, e clara, e vagarosas, e bela, que eu pensarei que é o sol que vem, pela janela, trazer a luz e calor a esta alma escura e fria. E, quando ela passar, tudo o que eu não sentia da vida há de acordar no coração que vela... E ela irá como o sol, e eu irei atrás dela como sombra feliz... —  Tudo isso eu me dizia, quando alguém me chamou. Olhei: um vulto louro, e claro, e vagaroso, e belo, na luz de ouro do poente, me dizia adeus, como um sol triste... E falou-me de longe: “Eu passei a teu lado, mas ia tão perdido em teu sonho dourado, meu pobre sonhador, que nem sequer me viste!”           (De Messidor, 1935)

XVII (Guilherme de Almeida)

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Eu em ti, tu em mim, minha querida, nós dois passamos despreocupados, como passa, de leve, pela vida,   um parzinho feliz de namorados. E assim vou, e assim vais. E, assim, unida à minha a tua mão, de braços dados, assim nós vamos, como quem duvida que haja, no mundo, tantos desgraçados. Um dia, para nós - não sei... quem sabe? -   é bem possível que tudo isto acabe, que sejas mais feliz, que eu fique louco... Mas nunca percas, nunca mais, de vista aquele moço sentimentalista que te quis muito e a quem quiseste um pouco!