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Mostrando postagens de outubro, 2012

Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

PESSOAS VÃO EMBORA... (Marla de Queiroz)

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                          Pessoas vão embora de todas as formas: vão embora da nossa vida, do nosso coração, do nosso abraço, da nossa amizade, da nossa admiração, do nosso país. E, muitas a quem dedicamos um profundo amor, morrem. E continuam imortais dentro da gente. A vida segue: doendo, rasgando, enchendo de saudade... Depois nos dá aceitação, ameniza a falta trazendo apenas a lembrança que não machuca mais: uma frase engraçada, uma filosofia de vida, um jeito tão característico, aquela peculiaridade da pessoa. Mas pessoas vão embora. As coisas acabam. Relações se esvaem, paixonites escorrem pelo ralo, adeuses começam a fazer sentido. E se a gente sente com estas idas e também vindas, é porque estamos vivos. Cuidemos deste agora. Muitos já se foram para nos ensinar que a vida é só um bocado de momento que pode durar cem anos ou cinco minutos. E não importa quanto tempo você teve para amar alguém, mas o amor que você investiu durante aquele tempo. Segundos podem ser eter

AS SEM-RAZÕES DO AMOR (Carlos Drummond de Andrade)

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Eu te amo porque te amo, Não precisas ser amante, e nem sempre sabes sê-lo. Eu te amo porque te amo. Amor é estado de graça e com amor não se paga. Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários. Eu te amo porque não amo bastante ou demais a mim. Porque amor não se troca, não se conjuga nem se ama. Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo. Amor é primo da morte, e da morte vencedor, por mais que o matem (e matam) a cada instante de amor.  

HUM! (Dulce Melo)

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Quando se ama, de fato Não é preciso necessariamente o contato Basta a voz ao longe, não muito distante Excitante!

RIMAS SEM CONTEÚDO... (José Reinaldo Melo Paes)

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Palavras tontas ao vento São rimas sem conteúdo São o discurso de um mudo Que só causa desalento. Quem não tem discernimento Não escreve com magia ... Quem não tem sabedoria Não consegue se encantar. Só quem sonha e sabe amar Tem o dom da poesia.

RETRATO DA VIDA (Dominginhos, Djavan)

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Esse matagal sem fim Essa estrada, esse rio seco Essa dor que mora em mim Não descansa e nem dorme cedo O retrato da minha vida É amar em segredo Não quer saber de mim E eu vivendo da tua vida Deus no céu e você aqui A esperança é quem me abriga Esses campos não tardam em florir Já se espera uma boa colheita E tudo parece seguir Fazendo a vida tão direita Mas e você o que faz Que não repara no chão Por onde tem que passar E pisa em meu coração? O teu beijo em meu destino Era tudo o que eu queria Ser teu homem, teu menino O ser amado de todo dia. CLICK: Ouça a música!

UM CÉU NUMA FLOR SILVESTRE (Rubem Alves)

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Conhece-se a beleza dádiva dos deuses por aquilo que ela produz na alma dos homens. Quem é possuído por ela entra em êxtase: cessa o riso, cessa o choro, o pensamento pára, a fala emudece. É mística. A alma está tomada pela felicidade da tranqüilidade absoluta. Era assim que se sentia o Criador ao contemplar, ao final de cada dia de trabalho, o resultado da sua obra: “Está muito bom! Do jeito que deveria ser! Nada há de ser modificado! Amém!” (Um céu numa flor silvestre, do Quarto de Badulaques) *veja mais do autor  aqui:

'A ILUSÓRIA GRAMA VERDE DO VIZINHO' (Roseane Mendonça)

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Atualmente, eu me policio, o máximo, para utilizar as redes sociais com sabedoria e principalmente com o meu grupo diário de contato [amigos também pessoalmente]. Desta forma, evito me inebriar com a "ilusória grama verde do vizinho". Tudo na vida tem dois lados, e nós temos o livre arbítrio para escolher e aos poucos perceber o que é real e as fantasias. 

POESIA NÃO DÁ CAMISA (Claufe Rodrigues)

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Se todas as mulheres do mundo Tivessem um terço do teu perfume Deus morreria de ciúmes dos homens Porque aí não haveria mais eternidade, paraíso, Essas paisagens do amanhã. Existiria apenas o teu sorriso de hortelã Refrescando a minha boca Encharcada de saliva. Poesia não dá camisa Mas o poeta Quando tem uma musa Não precisa de blusa Vive de brisa. *Veja mais do autor   aqui:

ARTISTA (Natália Monte)

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Retrato de Françoise (1946), Pablo Picasso Não sou ourives, parnasianos, Mas sei tecer: teço teus planos Em meu tear cheio de prantos A te molhar Não sou Pandora, olimpianos, Mas de mistérios me alimento E das façanhas de todos os anos Nos quais em ti busquei alento Não sou simetria, neoclássicos, Minhas telas correm soltas como Picasso E vou deixando a cada passo O mundo ainda menos estático Artista é quem se expressa Com a liberdade de um condor Tamanha autenticidade dessa, Voa alto aonde quer que for E artista hei de ser, Até não mais respirar Oscilando entre céu e terra Para quiçás, assim, poder voar. Copyright © 2012 by Natália Monte All rights reserved. * veja mais da autora  aqui:

AGORA JAZ (Marla de Queiroz)

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Eretas tuas palavras, imponente teu discurso viril todo o teu porte. E o tempo estendido empregado em discorrer sobre as tuas qualidades e sobre o meu decote. Foi forte a sedução desse teu corpo quente, pegada obstinada. A argúcia e a certeza de que eu era a tua presa adequada. Mas bem na hora exata da entrega insensata em que me fiz constante, fiel àquele instante... Tua fala feito faca soberba, inesperada. Desisto na hora certa mesmo te parecendo errada: pois transo com pessoas, pra estas eu me entrego. Não trepo com seus egos. *veja mais da autora aqui:

TAPETE (Mauro Fabiani)

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Senhora do riso largo que abocanha o meu desejo, desejo de ser bem recebido por um tapete de boas vindas avermelhado, sua língua é este tapete mágico que me levaria ao céu da sua boca, céu das mil e uma noites, noites de um beijo tão sonhado Sua língua, tapete róseo encarnado, molhado, deixa-me com água na boca, maravilhado *veja mais do autor  aqui: Esta obra está licenciada sob uma  Licença Creative Commons . Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (Mauro Fabiani). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

NÃO LEVE FLORES (Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes)

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Não cante vitória muito cedo, não. Nem leve flores para a cova do inimigo, que as lágrimas do jovem são fortes como um segredo: podem fazer renascer um mal antigo. Tudo poderia ter mudado, sim, pelo trabalho que fizemos - tu e eu. Mas o dinheiro é cruel e um vento forte levou os amigos para longe das conversas, dos cafés e dos abrigos, e nossa esperança de jovens não aconteceu, não, não. Palavra e som são meus caminhos pra ser livre, e eu sigo, sim. Faço o destino com o suor de minha mão. Bebi, conversei com os amigos ao redor de minha mesa e não deixei meu cigarro se apagar pela tristeza. - Sempre é dia de ironia no meu coração. Tenho falado à minha garota: - Meu bem, é difícil saber o que acontecerá. Mas eu agradeço ao tempo. o inimigo eu já conheço. Sei seu nome, sei seu rosto, residência e endereço. A voz resiste. A fala insiste: você me ouvirá. A voz resiste. A fala insiste: quem viver verá. *ouça a música

EPITÁFIO (Sérgio de Britto Álvares Affonso)

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FOTO: Emanuel Galvão Devia ter amado mais Ter chorado mais Ter visto o sol nascer Devia ter arriscado mais E até errado mais Ter feito o que eu queria fazer... Queria ter aceitado As pessoas como elas são Cada um sabe a alegria E a dor que traz no coração... O acaso vai me proteger Enquanto eu andar distraído O acaso vai me proteger Enquanto eu andar... Devia ter complicado menos Trabalhado menos Ter visto o sol se pôr Devia ter me importado menos Com problemas pequenos Ter morrido de amor... Queria ter aceitado A vida como ela é A cada um cabe alegrias E a tristeza que vier... O acaso vai me proteger Enquanto eu andar distraído O acaso vai me proteger Enquanto eu andar... Devia ter complicado menos Trabalhado menos Ter visto o sol se pôr... *veja que clipe maravilho desta música

TENTE OUTRA VEZ (Raul Seixas)

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Veja! Não diga que a canção Está perdida Tenha fé em Deus Tenha fé na vida Tente outra vez!... Beba! (Beba!) Pois a água viva Ainda tá na fonte (Tente outra vez!) Você tem dois pés Para cruzar a ponte Nada acabou! Não! Não! Não!... Oh! Oh! Oh! Oh! Tente! Levante sua mão sedenta E recomece a andar Não pense Que a cabeça agüenta Se você parar Não! Não! Não! Não! Não! Não!... Há uma voz que canta Uma voz que dança Uma voz que gira (Gira!) Bailando no ar Uh! Uh! Uh!... Queira! (Queira!) Basta ser sincero E desejar profundo Você será capaz De sacudir o mundo Vai! Tente outra vez! Humrum!... Tente! (Tente!) E não diga Que a vitória está perdida Se é de batalhas Que se vive a vida Han! Tente outra vez!... * ouça a música 

É GRAÇA DIVINA (Helder Câmara)

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É graça divina começar bem. Graça maior persistir na caminhada certa. Mas a graça das graças é não desistir nunca.

DE MIM E DAS COISAS (Dydha Lyra)

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Essa solidão, das coisas e de mim, me angustia. Desde a falta das cordas para o violão, ao papel amarelado sem palavras, à compoteira sobre a mesa posta, inusitada. Ah, as ruas solitárias e suas sombras, os portos à espera de navios, as almofada sem desenhos e os bilros sem a rendeira! Ah, sei lá! Todas essas coisas, essas besteiras que povoam a vida, que incendeiam o estático momento, que norteiam o viver, nas ações/reações. São, assim, sobremaneira: o espaço tênue entre a luz e a sombra, o vazio entre o copo e a bebida, a proximidade entre a morte e a vida. O odor, a cor da rosa, a pálida margarida. Mãos postas sem oração, o exílio dos loucos na solidão, os laços que apertam o coração, as saudades das pessoas queridas, o corte, as partes divididas, a inesperada rachadura na parede. A busca, o encontro. A dolorosa despedida, que amordaça e cala o meu grito, silenciando em mim a própria vida! Copyright © 2012 by Dydha Lyra All ri

A FLOR E A FONTE (Vicente de Carvalho)

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"Deixa-me, fonte!" Dizia A flor, tonta de terror. E a fonte, sonora e fria, Cantava, levando a flor. "Deixa-me, deixa-me, fonte! " Dizia a flor a chorar: "Eu fui nascida no monte... "Não me leves para o mar". E a fonte, rápida e fria, Com um sussurro zombador, Por sobre a areia corria, Corria levando a flor. "Ai, balanços do meu galho, "Balanços do berço meu; "Ai, claras gotas de orvalho "Caídas do azul do céu!... Chorava a flor, e gemia, Branca, branca de terror, E a fonte, sonora e fria Rolava levando a flor. "Adeus, sombra das ramadas, "Cantigas do rouxinol; "Ai, festa das madrugadas, "Doçuras do pôr do sol; "Carícia das brisas leves "Que abrem rasgões de luar... "Fonte, fonte, não me leves, "Não me leves para o mar!... " As correntezas da vida E os restos do meu amor Resvalam numa descida Como a da fo

CONSOLO NA PRAIA (Carlos Drummond de Andrade)

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Vamos, não chores. A infância está perdida. A mocidade está perdida. Mas a vida não se perdeu. O primeiro amor passou. O segundo amor passou. O terceiro amor passou. Mas o coração continua. Perdeste o melhor amigo. Não tentaste qualquer viagem. Não possuis carro, navio, terra. Mas tens um cão. Algumas palavras duras, em voz mansa, te golpearam. Nunca, nunca cicatrizam. Mas, e o humor? A injustiça não se resolve. À sombra do mundo errado murmuraste um protesto tímido. Mas virão outros. Tudo somado, devias precipitar-te, de vez, nas águas. Estás nu na areia, no vento... Dorme, meu filho. *ouça o poema  aqui:

DISTRIBUIÇÃO DA POESIA (Jorge de Lima)

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Mel silvestre tirei das plantas, sal tirei das águas, luz tirei do céu. Escutai, meus irmãos: poesia tirei de tudo para oferecer ao Senhor. Não tirei ouro da terra nem sangue de meus irmãos. Estalajadeiros não me incomodeis. Bufarinheiros e banqueiros sei fabricar distâncias para vos recuar. A vida está malograda, creio nas mágicas de Deus. Os galos não cantam, a manhã não raiou. Vi os navios irem e voltarem. Vi os infelizes irem e voltarem. Vi homens obesos dentro do fogo. Vi ziguezagues na escuridão. Capitão-mor, onde é o Congo? Onde é a Ilha de São Brandão? Capitão-mor que noite escura! Uivam molossos na escuridão. Ó indesejáveis, qual o país, qual o país que desejais? Mel silvestre tirei das plantas, sal tirei das águas, luz tirei do céu. Só tenho poesia para vos dar. Abancai-vos, meus irmãos.

QUADRO (Edna Lopes)

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Um Homem e seu Cão passeiam na tarde. Caminham lado a lado integrados à paisagem da cidade. Passos sincronizados, elegantes, num clima da grande camaradagem, alegria e descontração. Mãos firmes, corda retesada, olhar atento. Volta e meia a voz do homem se sobrepõe suavemente conduzindo a coleira. O olhar do cão é de incondicional amor humano O olhar do Homem é de inconfundível amor canino. Serão felizes até que a morte os separe... *veja mais da autora  aqui:

METADE (Oswaldo Montenegro)

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Que a força do medo que tenho Não me impeça de ver o que anseio Que a morte de tudo em que acredito Não me tape os ouvidos e a boca Porque metade de mim é o que eu grito Mas a outra metade é silêncio.

AMOR... RESPEITO... & LIBERDADE (Kali Mascarenhas)

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Aquilo que existe em mim e faz parte de mim... pode ser transformado...  se eu quiser... Aquilo que é do outro... só pode ser transformado por ele... e será compreendido e aceito por mim... dentro dos meus limites... se existir respeito... Posso falar ao outro como me sinto em relação ao que ele faz ou diz... se houver liberdade... Não posso afirmar: “Aquilo que o outro fez ou disse me feriu...” Eu é que me feri com AQUILO que ele fez ou disse... tenho opções...  Eu sou dono das minhas emoções... sensações e sentimentos... Também... das minhas atitudes... pensamentos e palavras ! maravilha... Não é coerente dizer que fiz algo para alguém... só porque alguém fez isso comigo primeiro... Se eu agisse assim... eu seria apenas resposta e eco... sem vida... É mais valioso optar por agir ao invés de apenas reagir... É mais sensato perceber que sou dono das minhas ações... e se faço algo... sou o responsável por isso... tenho escolhas... Reconheço que as rédea

AMANHECER (Dydha Lyra)

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  Hoje, estendi minhas roupas no varal das lembranças... Sob um sol causticante, corri e tropecei em sombras do passado. Levantei-me, vesti-me de luz no novo dia, que já se debruça, na janela do tempo anoitecido, trazendo-me estrelas e ausências, que em mim se fazem, desde o alvorecer!     Copyright © primavera 2011 by Dydha Lyra All rights reserved.

SOB O SIGNO DA INQUIETAÇÃO (Bruna Lombardi)

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O susto em nós foi avançar muito para dentro do proibido. Muito para perto de uma zona perigosa A boca da noite... o desconhecido... Vagos caminhos de uma via nebulosa. Vários conceitos para falar da mesma coisa O susto em nós foi descobrir porteiras De territórios nunca antes percorridos No fundo de todos nós um visitante No fundo, a falta de sentido...

AS ESSÊNCIAS (Emanuel Galvão)

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Quero fugir dos extremos. Entre a afabilidade da pétala E a dor aguda do espinho Eu quero o aroma A essência da flor.

UM SUSPIRO (Marla de Queiroz)

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Porque a voz dele me toca feito as mãos e as mãos dele me envolvem feito fábulas. E as duas, quando passeiam em mim desabotoam minhas mais mal-comportadas palavras. * veja mais da autora  aqui:

VÊNUS (Paulinho Moska)

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Quando a sua voz me falou: vamos Eu vi deus sentado em seu trono: vênus A religião que nós dois inventamos Merece um definitivo talvez... pelo menos Perceba que o que me configura É sempre essa beleza Que jorra do seu jeito de olhar Do seu jeito de dar amor Me dar amor Não te dei nada que seja impuro No futuro também vai ser assim Se hoje amanheceu um dia escuro Foi porque capturei o sol pra mim Perceba que o que te configura É sempre essa beleza Que jorra do meu jeito de olhar Do meu jeito de dar amor Te dar amor Perceba que o que nos configura É sempre essa beleza Que jorra do nosso jeito de olhar Nosso jeito de dar amor Nos dar amor Não falo do amor romântico, Aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento. Relações de dependência e submissão, paixões tristes. Algumas pessoas confundem isso com amor. Chamam de amor esse querer escravo, E pensam que o amor é alguma coisa Que pode ser definida, explicada, entendida

A PRIMEIRA MULHER (Emanuel Galvão)

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Os olhos nos olhos e a boca molhada Quanto tempo separa os lábios do beijo? Pensava eu, no frenesi do desejo Tu vendo-me amigo, eu vendo-te amada.

A AMANTE (Emanuel Galvão)

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Ela sentou-se à beira de minha cama Inebriante perfume inquietou-me a alma Debruçou-se com seu peso, e sua chama E o calor de sua presença, roubou-me a calma.

O GUERREIRO (Emanuel Galvão)

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Não existem derrotas nas batalhas O que há, são quedas provisórias As derrotas são vitória, ainda que falhas Ajudam a solidificar a nossa história.

DIÂMETRO (Marla de Queiroz)

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Volta logo, meu amor! Eu só escrevo por não saber o que fazer com as mãos quando o nosso abraço termina. * veja mais da autora  aqui:

ARTE-FINAL (Affonso Romano de Sant'Anna)

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Não basta um grande amor para fazer poemas. E o amor dos artistas, não se enganem, não é mais belo que o amor da gente. O grande amante é aquele que silente se aplica a escrever com o corpo o que seu corpo deseja e sente. Uma coisa é a letra, e outra o ato, quem toma uma por outra confunde e mente.

ARTE DE AMAR (Manuel Bandeira)

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Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma. A alma é que estraga o amor. Só em Deus ela pode encontrar satisfação. Não noutra alma. Só em Deus - ou fora do mundo. As almas são incomunicáveis. Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo. Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

O CORAÇÃO DOS OUTROS É TERRA QUE NINGUÉM VAI (Emanuel Galvão)

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Como saber... Ter a certeza Nem precisava ser certeza Poderia ser talvez Poderia ser quem sabe Qualquer coisa que desse Um pouquinho de esperança Só não pode ser mais ninguém

EQUÍVOCOS? (Jurandir Bozo)

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Eu prefiro muito mais A superficialidade das paixões Profundas, quentes e intensas. Que a frieza do que chamam e vivem Como amor verdadeiro.

POR QUE...? (Valderez de Barros)

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Por que minh'alma é assim triste, carente? Por que me pesa tanto, a solidão? Por que o amor que sinto em mim, ardente, Não encontra eco num outro coração?