Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

Imagem
Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

QUADRO (Edna Lopes)




Um Homem e seu Cão
passeiam na tarde.
Caminham lado a lado
integrados à paisagem da cidade.

Passos sincronizados, elegantes,
num clima da grande camaradagem,
alegria e descontração.

Mãos firmes, corda retesada, olhar atento.
Volta e meia a voz do homem se sobrepõe
suavemente conduzindo a coleira.

O olhar do cão é de incondicional
amor humano
O olhar do Homem é de inconfundível
amor canino.
Serão felizes até que a morte os separe...

*veja mais da autora aqui:


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

BORBOLETAS (Mario Quintana)

TERCETOS (Olavo Bilac)

Essa Negra Fulô (Jorge de Lima)

Se Voltares (Rogaciano Leite)

A Reunião dos Bichos (Antônio Francisco)

Eu Te Desejo (Flávia Wenceslau)

Felicidade (Vicente de Carvalho)