Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

O GUERREIRO (Emanuel Galvão)




Não existem derrotas nas batalhas
O que há, são quedas provisórias
As derrotas são vitória, ainda que falhas
Ajudam a solidificar a nossa história.

Os homens que nunca perdem batalhas
Nunca tomam gosto pela vitória
São lenhas consumidas nas fornalhas
Aquecem, mas iluminam pouco, chama irrisória.

Tira proveito de cada estratégia mal feita
Não sucumba de desespero ou impaciência
Na verdade, nenhuma simulação é perfeita.

Coloca teu êxito na tenaz insistência
Teu sucesso arraigado na obstinação
Que o guerreiro é astúcia, sabedoria e coração.

Copyright © 2007 by Emanuel Galvão
All rights reserved.


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