Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Onildo Barbosa

Um Amor (Emanuel Galvão)

Imagem
              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

O MELHOR PRESENTE (Onildo Barbosa)

Imagem
Meu deus se o senhor tiver Um presente prá me dar Se a caso for salvação, Nem precisa me salvar! Quer me dá mesmo um presente Deixe eu voltar novamente Prá viver no meu lugar. Eu já tô ficando velho Não tenho a mesma saúde Deixe eu ver a minha terra, Por favor, deus, me ajude! Deixe eu andar nos caminhos, Escutando os passarinhos, Tomando banho de açude. Deixe-me sentir o cheiro Da fumaça do fogão, Assando milho na brasa Da fogueira de são joão Comer xerêm na tigela Debruçar-me na janela, Do antigo casarão. Desde que eu era mocinho Que deixei o meu torrão, Tentando viver melhor Mas tudo foi ilusão De cidade, por cidade, Passando dificuldade, Vergonha e decepção. Já criei duas famílias Sem direito a sossegar, Tudo que arranjei foi pouco Não pude economizar Agora vivo tristonho Toda vez que durmo sonho Voltando ao meu lugar. Tem sonho que até parece Que eu to mesmo acordado Vendo mamãe na cozinha, Meu pai tratando do gado, O sonho é tão verda