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Mostrando postagens de maio, 2018

Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

Tá Combinado (Caetano Emanuel Viana Teles Veloso)

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Então tá combinado, é quase nada  É tudo somente sexo e amizade Não tem nenhum engano nem mistério É tudo só brincadeira e verdade Podemos ver o mundo juntos Sermos dois e sermos muitos Nos sabermos sós sem estarmos sós Abrirmos a cabeça Para que afinal floresça O mais que humano em nós Então tá tudo dito e é tão bonito E eu acredito num claro futuro De música, ternura e aventura Pro equilibrista em cima do muro Mas e se o amor pra nós chegar De nós, de algum lugar Com todo o seu tenebroso esplendor? Mas e se o amor já está Se há muito tempo que chegou E só nos enganou? Então não fale nada, apague a estrada Que seu caminhar já desenhou Porque toda razão, toda palavra Vale nada quando chega o amor

Os Pés no Chão (Emanuel Galvão)

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Sabe seu moço, eu aprendi uma palavra nova. Uma palavra da moda, pra se falar de democracia. Tem a ver com falsidade, essa tal de hipocrisia. Serve para o poder prender gente sem prova, Mas deve ter alguma outra serventia: Tirar de circulação o que os “home” desaprova, Prejudicar quem já está com o pé na cova, Silenciar, quem sabe, alguma teimosia. Seu moço eu sou pessoa simples, “ignorante”, Mas, não vivo num mundo de fantasia. Quero lançar também meu grito retumbante! Sabe os de luta? Pertenço a essa categoria. Sou talvez um pé na cova com pés no chão. Seu moço, os oprimidos fazem a revolução. Copyright © 2018 by Emanuel Galvão All rights reserved.

Eu Venho de Lá... (Rita Maidana)

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Eu venho de lá, onde o bem é maior. De onde a maldade seca, não brota. De onde é sol, mesmo em dia de chuva e a chuva chega como benção. Lá sempre tem uma asa, um abrigo para proteger do vento e das tempestades. Eu venho de um lugar que tem cheiro de mato, água de rio logo ali e passarinho em todas as estações. Eu venho de um lugar em que se divide o pão, se divide a dor e se multiplica o amor. Eu venho de um lugar onde quem parte fica para sempre, porque só deixou boas lembranças. Eu venho de um lugar onde criança é anjo, jovem é esperança e os mais velhos são confiança e sabedoria. Eu venho de um lugar onde irmão é laço de amor e amigo é sempre abraço. Onde o lar acolhe para sempre, como o coração de mãe. Eu venho de um lugar que é luz mesmo em noite escura. Que é paz, fé e carinho. Eu venho de lá e não estou sozinho, “SOU CATADORA DE LINDEZAS", sobrevivo de encantamento, me alimento do que é bom, do bem. Procuro bonitezas e bem querer, sobrevivo do que tem clar