Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Os Pés no Chão (Emanuel Galvão)




Sabe seu moço, eu aprendi uma palavra nova.
Uma palavra da moda, pra se falar de democracia.
Tem a ver com falsidade, essa tal de hipocrisia.
Serve para o poder prender gente sem prova,

Mas deve ter alguma outra serventia:
Tirar de circulação o que os “home” desaprova,
Prejudicar quem já está com o pé na cova,
Silenciar, quem sabe, alguma teimosia.

Seu moço eu sou pessoa simples, “ignorante”,
Mas, não vivo num mundo de fantasia.
Quero lançar também meu grito retumbante!

Sabe os de luta? Pertenço a essa categoria.
Sou talvez um pé na cova com pés no chão.
Seu moço, os oprimidos fazem a revolução.


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