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Mostrando postagens com o rótulo Rita Mendonça

Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

Um dia atrás do outro (Rita de Cássia Tenório Mendonça)

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* Os dias vêm se sucedendo numa cadência que não me diz respeito. Os dias nascem e se encerram com o mesmo colorido, o mesmo calor ameno e a mesma penetração de luz. Nada muda. A vida parece não caminhar em meu ritmo. Sim, sei que ela passa. Sei sim. Vejo as marcas da vida na pele de minhas mãos e ao redor de meus olhos. Odeio esses sinais do tempo! Não poderiam ser outras, em locais menos visíveis, essas marcas do que vivi? Não poderia a aridez da idade se concentrar toda num lugar só lá na sola de meu pé esquerdo, como um arremate bem feito, onde eu só pudesse vê-lo com muita dificuldade, em contorsão? Ou por que não no avesso de minha pele, lá pela nuca, perdido entre os cabelos em costura de fio invisível? Construí minha vida, estou certa. Sou inquieta demais para ficar na janela escutando música. Mas nos últimos tempos os acontecimentos parecem alheios a meu ritmo. A vida parece ter me esquecido em algum cantinho sem graça, em alguma estrad

SONHANDO DEMAIS (Rita Mendonça)

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Eu queria ter você pra mim Assim; Sem precisar dizer "eu te amo".

POEMINHA COLORIDO (Rita Mendonça)

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Num dia AZUL Juntamos nossos corpos MORENOS Por sobre a VERDE relva Num enroscar contínuo de braços e pernas

PORQUE ESCREVO (Rita Mendonça)

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Escrevo pra te ter por perto. É somente isso. Por saber que em algum lugar – não sei ao certo onde, talvez do meio do mar – buscarás por mim com os olhos de tua alma cega,  todo os dias. Em tempos modernos, leituras diárias e obrigatórias são as chamadas do jornal on line, a caixa de mensagens, o twitter, o site de compras em promoção. Os meus escritos não se encontram entre as opções recomendadas pelos especialistas, para uma boa administração do tempo e da vida. Estariam na classificação das futilidades.  Mas sei que tens, silencioso e furtivo,  mais um item essencial em tua rotina diária: o Meu Jardim. Perde-te nele,  escondendo-se dos especialistas e consultores.