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Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

A FORÇA DE UMA POESIA (Carmem Luiza)

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Semana passada num trecho de entrevista no programa da TV Escola,  abordando o incentivo à leitura em seus variados gêneros, o escritor Rubem Alves lembrou trecho do filme O carteiro e o poeta para dar exemplo da força que uma poesia pode ter. No filme, existe uma senhora, dona de um restaurante, que tem uma neta, uma moça muito bonita. Um rapaz da aldeia é apaixonado por ela e a velha vive a vigiar os dois... Certa noite, a jovem demora a chegar em casa e a avó fica louca de preocupação. Mal sabe que estão juntos na praia, mas na maior inocência, sem fazer nada demais. Assim que ela retorna ao restaurante, a avó pergunta: __ Aonde você estava? A moça conta a verdade. ___ Ele fez alguma coisa com você? __ continua, sacudindo-a. ___ Ele me disse uma poesia. A velha suspira: ___ Então você está perdida...