Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Kiko Dinucci

Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

Imagem
Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Papel Sulfite (Kiko Dinucci)

Imagem
Peço que você digite num papel sulfite Versos convincentes Peço que você grafite poemas de amor Com tinta fluorescente Peço que você delete tudo que doeu e te deixou doente Não sei que bicho isso vai dar, mas peço Vamos lá, meu bem, experimente. Peço que me dê abrigo Corte meu cabelo na lua crescente Se você zangar comigo Vamos ao cinema aliviar a mente Peço que você aplique tudo em nós dois Nós dois daqui pra frente Não sei que bicho isso vai dar, mas peço Vamos lá, meu bem, experimente Peço que evite olheiras A vida é passageira, amor, não esquente Vamos imprimir em negrito Tudo de bonito que marcou a gente Peço que compense o atraso Se quiser, me caso agora e para sempre Não sei que bicho isso vai dar, mas peço Vamos lá, meu bem, experimente Tudo que te peço, meço Pra não cometer excesso Se ocorrer o inverso Mil desculpas eu te peço