Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Natália Monte

Um Amor (Emanuel Galvão)

Imagem
              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

Praia dos Ventos (Natália Monte)

Imagem
Vila dos Ventos -RN Sambei, os pés não senti E daí?  As contas deixei para ti, Fugi! Fui à praia dos ventos Que não se apagam, Fluem lentos, Enganam o tempo

MENINO (Natália Monte)

Imagem
Menino, não me olha no olho Senão, bamba, me encolho E mil sorrisos hei de dar, Minhas bochechas vão corar Menino, não me fala assim, Teu semblante é doce, Como tão solto fosse Teu sorriso de marfim

ARTISTA (Natália Monte)

Imagem
Retrato de Françoise (1946), Pablo Picasso Não sou ourives, parnasianos, Mas sei tecer: teço teus planos Em meu tear cheio de prantos A te molhar Não sou Pandora, olimpianos, Mas de mistérios me alimento E das façanhas de todos os anos Nos quais em ti busquei alento Não sou simetria, neoclássicos, Minhas telas correm soltas como Picasso E vou deixando a cada passo O mundo ainda menos estático Artista é quem se expressa Com a liberdade de um condor Tamanha autenticidade dessa, Voa alto aonde quer que for E artista hei de ser, Até não mais respirar Oscilando entre céu e terra Para quiçás, assim, poder voar. Copyright © 2012 by Natália Monte All rights reserved. * veja mais da autora  aqui: