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Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Velho Porto (Dydha Lyra)

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Em nossas vidas, o acaso se permite a todo instante. E algumas coisas não foram tanto assim. Lembro que olhaste nos meus olhos,... cansada de viagem

AQUARELA (Dydha Lyra)

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O caos interior, silenciosamente, denuncia: acabou. No colo, os bilros do destino jogados, rapidamente, sobre a almofada da vida, pontilhada, sem arremates, sangram sobre o linho e suas tramas. O sonho e nós, distantes e tristes, somos o desenho que persiste da doce ilusão do querer. Num vazio imenso, descolorimos nossas vidas, qual aquarela à luz contínua, esmaecendo as cores, (que juntos escolhemos um dia) sem desamor, mágoa ou dissabores! Copyright © 2012 by Dydha Lyra All rights reserved.

DE MIM E DAS COISAS (Dydha Lyra)

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Essa solidão, das coisas e de mim, me angustia. Desde a falta das cordas para o violão, ao papel amarelado sem palavras, à compoteira sobre a mesa posta, inusitada. Ah, as ruas solitárias e suas sombras, os portos à espera de navios, as almofada sem desenhos e os bilros sem a rendeira! Ah, sei lá! Todas essas coisas, essas besteiras que povoam a vida, que incendeiam o estático momento, que norteiam o viver, nas ações/reações. São, assim, sobremaneira: o espaço tênue entre a luz e a sombra, o vazio entre o copo e a bebida, a proximidade entre a morte e a vida. O odor, a cor da rosa, a pálida margarida. Mãos postas sem oração, o exílio dos loucos na solidão, os laços que apertam o coração, as saudades das pessoas queridas, o corte, as partes divididas, a inesperada rachadura na parede. A busca, o encontro. A dolorosa despedida, que amordaça e cala o meu grito, silenciando em mim a própria vida! Copyright © 2012 by Dydha Lyra All ri

AMANHECER (Dydha Lyra)

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  Hoje, estendi minhas roupas no varal das lembranças... Sob um sol causticante, corri e tropecei em sombras do passado. Levantei-me, vesti-me de luz no novo dia, que já se debruça, na janela do tempo anoitecido, trazendo-me estrelas e ausências, que em mim se fazem, desde o alvorecer!     Copyright © primavera 2011 by Dydha Lyra All rights reserved.

PALAVRAS (Dydha Lyra)

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Eu me trajo dessas palavras  e desfilo elegantemente para as ilusões  sob o olhar de reprovação da indiferença,  e levanto a cabeça  quando alguem me pergunta como estou,  repenso tudo e digo:  Vivendo e achando bom... Dydha Lyra Copyright © 2011 by Dydha Lyra All rights reserved. *veja mais de Dydha Lyra aqui:  movimentodapalavra.blogspot.com