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Mostrando postagens com o rótulo Adriana Moraes

Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Para Sua Consciência Humana (Adrina Moraes)

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Textão pra sua consciência humana! Todas as vezes que chega o dia de um marco de luta das minorias, aparece um opressor ou mesmo um oprimido vomitando ideias genéricas. Mais uma vez venho combater essa campanha de consciência humana, que só ganha força no  DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA. Que consciência humana você demonstrou nos 364 dias em que a população negra sofre perseguição da polícia? Dos seguranças de shoppings e supermercados?  Quando  a menina de cabelo crespo sofreu bullying? Quando os meninos pretos foram chamados de macaco? Quando estudantes brancos e seus pais gritaram "sua mãe  faz a minha faxina"? Quando rolou a  festa "e se nada der certo"?. Onde estava sua consciência  humana quando me  disseram que me comprariam  caso  a escravatura  ainda existisse? (Ela ainda existe). Ou quando me confundem com babá ou mãe de Santo caso eu vista branco? Sua consciência humana quer me calar usando a prerrogativa de que não sou negra posto que meu cabelo é bom (

Amores de Sonhar (Adriana Moraes)

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Há de se ter delicadeza com os sonhos. É que sonhar meu amor, requer maestria. Por isso gosto dos amores de sonhar, Mas sempre percorro o caminho dos amores possíveis... Os impossíveis são para os sonhos antes de dormir. É quando os meus pensamentos vadiam... Eles não se perdem nas estradas... Andam por caminhos desconhecidos sem se perder. Atravessam vales, Rompem barreiras, Mas, juro meu amor, Chegam até você.

Sol(riso) Adriana Moraes

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Você queria companhia Ele queria par O Sol concorre c om teu sorriso E perde.  Covardia! * Copyright © 2014 by Adriana Moraes      All rights reserved.

“A mãe será capaz de se esquecer, ou deixar de amar algum dos filhos que gerou?” (Adriana Moraes)

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       Acordei meio mexida e carecia de escrever, é que escrevendo, organizo a minha dor... Bem de mansinho ela me chamou e disse: - Ei mulher, me ajude aqui. Eu não me lembro como é que faz pra fechar a porta. Como é, usa a chave? Ao ouvir essa sentença, me levantei, fui até a porta, mostrei como colocar a chave na fechadura e voltei tão atônita. Essa ação tão simples, que qualquer um sabe fazer, ela já não sabe. Quando fui deitar, tentei me lembrar de algumas coisas que ela me ensinou ao longo da vida. Com ela aprendi a falar (e falar muito), a caminhar, a usar os talheres, a dizer as palavras mágicas. Lembrei-me exatamente do quanto eu a achava incrível fazendo coisas bobas como comprar peixe (ela sabia bem escolher), a capacidade de pechinchar, cálculos matemáticos mentais. “Não conte sua vida para quem não é feliz”, ela me disse mais de uma vez. No meio desse turbilhão de pensamentos, recordei de uma postagem no Facebook que dizia “Mãe deveria ser eterna”. Perdoem-me os que

Eu não sou fraca, sou fraquíssima! (Adriana Moraes)

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Eu cresci em meio a mulheres extremamente fortes. Fortes à sua maneira. Entre minha mãe, minhas tias e as agregadas da família, vi mulheres que tomavam decisões, matavam leões, matavam e morriam diariamente. Assisti essas mulheres defendendo suas crias de um estranho mundo que sempre foi cruel com elas mesmas. Testemunhei, despercebida, as lutas diárias e insanas delas para ter pão na mesa, para ter educação para suas crias, para ter um teto sobre suas cabeças. Essa força nas mulheres que eu conheço é tão natural que nem chega a ser qualidade, é necessidade. Essas mesmas mulheres, apesar da força, são machistas. Mas até isso me serviu de lição. Aprendi que o machismo e a opressão que ele nos causa, vem em parte, de nós mesmas. Nós estabelecemos de algum modo, as relações de gênero, nós construímos também essa cultura.

Mulher Negra - Consciência Negra É Consciência Humana - (Adriana Moraes)

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Foto: Emanuel Galvão Sou uma mulher negra! Pra elaborar essa sentença foram necessários muitos anos, até eu tomar consciência do que sou e ainda um pouco mais de tempo para ter orgulho disso. Fácil dizer que consciência negra não é necessária e sim, consciência humana. Mentira! É fundamental ter consciência negra e ter orgulho, sobretudo. Quem fala isso nunca viu uma criança negra na escola pública respondendo a um questionário, se dizendo branca. Ou mesmo uma garota negra que fotografou sua “marquinha do biquíni” para provar que não é negra. Ou ainda, perceber uma criança negra, aceitar ser chamada de moreninha, mulata (mulato=cor de mula), parda... só pra ser aceita numa sociedade mestiça, mas que ainda não largou os costumes escravocratas.

Menina da Beira (Adriana Moraes)

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Corre lá menina, Fala à teu povo e ensina Que o Rio cumpre sua sina. Vai menina correndo, Diz que o Velho Chico, Um pouco a cada dia, está morrendo.

Barro Nosso de Cada Dia (Adriana Moraes)

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Barro nosso de cada dia... Seria assim que eu falaria do cotidiano. Desde que o Criador Supremo fez Sua obra divina e com um simples sopro nas narinas fez vida, O barro chamou-se poesia.

SE NÃO TIVESSE SIDO AGORA (Adriana Moraes)

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Se não tivesse sido agora, faria ter sido antes É que todo homem diante do amor treme Eu não, eu sou diferente, sou mulher! Fraca, fresca, fria, fútil...nada disso, Forte, fogosa... Faminta! Mulheres até choram, mas nunca tremem...

FLOR ATREVIDA - EDITORA QUADRIOFFICE/2007 (Adriana Moraes)

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Autor do Livro de poesia, Flor Atrevida, lançado na Bienal do Livro de 2007, o professor, artista visual, consultor em arte-educação, articulista e poeta Emanuel Galvão, apresenta ao cenário alagoano seus poemas inundados de cotidiano e beleza. Ousado como suas poesias, Emanuel nada contra a corrente de que livros de poesias não são bem aceitos pelo público, ou tem público restrito e lança seu livro/sonho, acalentado e escrito ao longo de 26 anos. Diante de tanta ousadia, como explicar a arte de Emanuel Lopes Ferreira Galvão? Emanuel Poeta, como é conhecido, nascido e criando em União dos Palmares, cria suas poesias, mergulhado nos universos a que se propõe tratar. Quando o universo é feminino, toda paixão vem à tona em uma torrente de sensualidade e sensibilidade. Exemplo disso é o poema Metáforas, onde o poeta nos toca de fato com as palavras. Uma das características mais marcantes de Emanuel é a captação da realidade reinventada, onde assume o papel do sedutor e do seduzido, ora