Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Para Sua Consciência Humana (Adrina Moraes)


Textão pra sua consciência humana!
Todas as vezes que chega o dia de um marco de luta das minorias, aparece um opressor ou mesmo um oprimido vomitando ideias genéricas.
Mais uma vez venho combater essa campanha de consciência humana, que só ganha força no  DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA.
Que consciência humana você demonstrou nos 364 dias em que a população negra sofre perseguição da polícia? Dos seguranças de shoppings e supermercados?  Quando  a menina de cabelo crespo sofreu bullying? Quando os meninos pretos foram chamados de macaco? Quando estudantes brancos e seus pais gritaram "sua mãe  faz a minha faxina"? Quando rolou a  festa "e se nada der certo"?. Onde estava sua consciência  humana quando me  disseram que me comprariam  caso  a escravatura  ainda existisse? (Ela ainda existe). Ou quando me confundem com babá ou mãe de Santo caso eu vista branco? Sua consciência humana quer me calar usando a prerrogativa de que não sou negra posto que meu cabelo é bom (mesmo alisado) e não sou negra pois sou bonita. Caso você não entenda  do que estou falando, vem tomar um café comigo que te explico. Ah! Só pra pontuar... o Brasil é racista pra caralho!

Comentários

  1. Muito bem, Adriana Moraes. Falou a verdade. Seu "textão" precisa ser mais divulgado. Modestamente, passarei a divulgá-lo entre meus amigos. Beijo.

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