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Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

O Acendedor de Esperanças da Rua (Emanuel Galvão)

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Basta de verdades baratas.  Arrancai o ranço do coração!  As ruas são nossos pincéis  e paletas as nossas praças.  No livro do tempo  ainda não foram cantadas  as mil páginas da revolução. Para a rua, futuristas,  tambores e poetas!                                                                 Vladimir Maiakóvski  *Para Letícia Sabatella & Jonathan Silva La vem o acendedor de esperanças da rua Este mesmo que vem com sua inquietude, Seus sonhos, suas dores, a juntar-se a tua, A transformar, utopia e poesia, em atitude. Um, dois, três corações, acende e continua Outros mais a acender, inadvertidamente, A medida que as trevas, rasteira insinua Uma estupidez humana, viral e indecente. Triste ironia atroz que Jorge nos apresenta: O cordeiro inocente a apostar em lobos, Enquanto o covarde, da escolha, se isenta. A insídia do fascismo, se ergue e continua, Na ilusão do apelo patriótico e seus arroubos. Fez florescer, acendedores de corações