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Mostrando postagens de junho, 2020

Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Mulher Sem Limites (Romance de Flor) (Emanuel Galvão)

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Você já figura no meu coração Descalça e sem roupa como num salão Tão bela e tão doce, mulher sem limites Quem dera que fosse... E assim exististes Dançando ao ritmo de minha pulsação.   Não cabes em rótulos, por que caberias? Palavras ou versos, talvez te seduza... Então, só então, tu abras tua blusa E ardente, insana, tu permitirias Volúpias intensas de terna paixão.   Porque minha pele não te resistiria Es bela não nego, sou tão negligente Foras apenas bela, mas és inteligente Não encontro virtude que assim a alcance Melhor te amar, assim de relance   Sem ilusões, sem juras de amor Romance de flor, sem dor sem espinho Caindo as pétalas, restará: odor e carinho Assim em meu sonho, te possuo inteira Te amando pleno, não de qualquer maneira. Copyright © 2020 by Emanuel Galvão All rights reserved. *Foto by: Ana Cruz