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Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

POR QUE ALAGOAS SANGRA? (Jeová Santana)

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ANPUH-AL (À memória dos 1.146 assassinatos até o fechamento deste poema) Porque não ouviu as chaleiras sonoras de Hermeto Pascoal Porque não sentiu os desgostos de filha de Djavan Porque não chorou com o mundo coberto de penas de Graciliano Ramos Porque não leu o cavalo de chamas que lia a mesma página de Jorge de Lima Porque não dividiu a solidão do morto e da lua de Jorge Cooper Porque não se espantou com os malabares concretos de Edgar Braga Porque não se irmanou à bruteza ternura de Jofre Soares