Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Barro Nosso de Cada Dia (Adriana Moraes)



Barro nosso de cada dia...
Seria assim que eu falaria do cotidiano.
Desde que o Criador Supremo
fez Sua obra divina
e com um simples sopro nas narinas
fez vida,
O barro chamou-se poesia.

Da poesia, fez-se carne, fez-se ideias...
fez-se uma oficina.
Despercebida entre as lágrimas,
O suor, os sorrisos e as dores de
todo dia.
Eu, que sou feita de barro
-consequentemente poesia-, me faço em papel,
Que o pintor faz em madeira,
E que todos fazem em seu cotidiano.
Cada um a sua maneira.

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