Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

EQUÍVOCOS? (Jurandir Bozo)





Eu prefiro muito mais
A superficialidade das paixões
Profundas, quentes e intensas.
Que a frieza do que chamam e vivem
Como amor verdadeiro.
Prefiro os sintomas da doença
Que os efeitos colaterais dos remédios.
A síntese poética, a uma saga formal e previsível.
Mas vale a decepção que um covarde preconceito.
Assim torto, largo, espaçoso
Sigo vazando sinais
Afinal o vermelho sempre me caiu bem.
Gosto do único, do novo.
Antes o toque arriscado da pancada afoita
Que a segurança da solidão contida
Pelo esmo ou pelo tato.
Nossas precauções não mudam as estrelas de lugar
Mas a ousadia muda toda nossa historia.
Por isso que ainda prefiro as paixões
Seus equívocos
E ate mesmo sua brevidade
Que a certeza do amor
E seu monótono prazo de validade.


Copyright © 2011 by Jurandir Bozo
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