Um Amor (Emanuel Galvão)

Imagem
              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacienñtes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

CONTEMPLANDO A LUA (Arlene Miranda)


Noite calma, sombria, extasiante,
Derramando o silêncio no telhado.
Já não se ouve o sopro arquejante
Do vento sibilando, inebriado.

Dorme tranquila a noite na esquina,
E o velho cão latindo, assustado,
Lamenta a calma noite que se finda,
Vagando pela rua, abandonado.

Por trás da nuvem, um céu ensanguentado
Esvai-se em saudade e solidão.
Surgem fantasmas em pleno descampado.

Oh, calma nuvem em que o luar flutua,
E segue derramando o seu clarão,
Sentindo a noite e contemplando a rua.


*Veja mais da autora aqui:




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

TERCETOS (Olavo Bilac)

Um Amor (Emanuel Galvão)

BORBOLETAS (Mario Quintana)

A Reunião dos Bichos (Antônio Francisco)

ESCUTATÓRIA (Rubem Alves)

Se Voltares (Rogaciano Leite)

Essa Negra Fulô (Jorge de Lima)

A FLOR E A FONTE (Vicente de Carvalho)