Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

Imagem
Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

VELHICE (JAC das Alagoas)



Não digo mais: “Hoje eu vou”,
porque não tenho comando,
já mandei, hoje não mando,
o meu reinado acabou,
meu trono desmoronou
perdi toda minha raça
pra tomar uma cachaça
e não causar desavença
tenho de pedir licença,
velhice é uma desgraça.

Copyright © 2013 by José Alberto Costa
All rights reserved.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Essa Negra Fulô (Jorge de Lima)

Se Voltares (Rogaciano Leite)

BORBOLETAS (Mario Quintana)

Serra da Barriga (Jorge de Lima)

A Reunião dos Bichos (Antônio Francisco)

Gritaram-me Negra (Victoria Santa Cruz)