Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacienñtes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

JOSÉ E AGORA? (Dianini Lima)



Nem um verso sofrido,
Nem um lamento dolorido,
Nem muito menos sorriso fingido.
E agora José?
Maria não chegou,
João também não veio,
Drummond nem combina mais.

Se você respondesse,
Se você escolhesse,
Se você equivocar-se,
Se você vivesse,
Se você concluísse,
Se você abandonasse,
Se você respirasse,
Mas você está morto José,
Você é fantasmas, José!

Acompanhado numa multidão,
Como no carnaval,
Sem fantasia,
Sem alegria,
Sem alegoria,
Você é levado José!
José, para onde?


Copyright © 2013 by Dianini Lima
All rights reserved.


Comentários

  1. Fico feliz, honrada e agradecida pela gentileza.
    Abraço.

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  2. Eu é que fico feliz em publicar bons textos.
    Seja bem vinda ao blog.
    Grande abraço!

    ResponderExcluir

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