Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

JOSÉ E AGORA? (Dianini Lima)



Nem um verso sofrido,
Nem um lamento dolorido,
Nem muito menos sorriso fingido.
E agora José?
Maria não chegou,
João também não veio,
Drummond nem combina mais.

Se você respondesse,
Se você escolhesse,
Se você equivocar-se,
Se você vivesse,
Se você concluísse,
Se você abandonasse,
Se você respirasse,
Mas você está morto José,
Você é fantasmas, José!

Acompanhado numa multidão,
Como no carnaval,
Sem fantasia,
Sem alegria,
Sem alegoria,
Você é levado José!
José, para onde?


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All rights reserved.


Comentários

  1. Fico feliz, honrada e agradecida pela gentileza.
    Abraço.

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  2. Eu é que fico feliz em publicar bons textos.
    Seja bem vinda ao blog.
    Grande abraço!

    ResponderExcluir

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