Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

CORSÁRIO (João Bosco, Aldir Blanc)




Meu coração tropical
Está coberto de neve


Mas
Ferve em seu cofre gelado
A voz vibra
E a mão escreve
Mar
Bendita lâmina grave que
Fere a parede
E traz
As febres loucas e breves
Que mancham o silêncio
E o cais

Roserais
Nova granada de espanha
Por você
Eu teu corsário preso
Vou partir
A geleira azul da solidão
E buscar a mão do mar
Me arrastar até o mar
Procurar o mar

Mesmo que eu mande em garrafas
Mensagens por todo o mar
Meu coração tropical
Partirá esse gelo
E irá
Como as garrafas de náufragos
E as rosas partindo o ar
Nova granada de espanha
E as rosas partindo o ar




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