Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

VERSOS MOLHADOS (Patricia Neme)



Respinga a lua seu olhar tristonho,
em gotas mansas beija o adormecer
dos versos, tantos… Que, por ti, componho…
E enquanto eu rimo, a noite faz chover!


Densa neblina no olhar do meu sonho…
É chuva, é pranto… Nem sei mais dizer…
E uma saudade, que jamais transponho,
molha as janelas deste meu viver.

E na vidraça vejo a minha imagem,
chora a vidraça… O choro é meu? Bobagem…
É a tempestade que já se avizinha.

Não mais escrevo, guardo meu caderno
e dou-me conta que chegou o inverno
de uma esperança, que morreu sozinha! 



Comentários

  1. Poetisa de relevo....na arte da sedução....feminil....leve romântica..... encanta e faz sorrir nossa alma.

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