Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacienñtes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

Romaria (Renato Teixeira)



É de sonho e de pó 
o Destino de um só
Feito eu perdido em pensamentos sobre o meu cavalo 

É de laço e de nó 

De gibeira o jiló 

Dessa vida, comprida, a só.

Sou caipira pira pora Nossa Senhora De Aparecida
Ilumina a mina escura e funda o trem da minha vida.



O meu pai foi peão,
Minha mãe solidão,
meus irmãos perderam-se na vida a custa de aventuras.
Descasei e joguei, investi desisti 
Se há sorte, eu não sei, nunca vi.

Sou caipira pira pora Nossa Senhora De Aparecida
Ilumina a mina escura e funda, o trem da minha vida.

Me disseram porém 

que eu viesse aqui 

pra pedir de romaria e prece paz dos desaventos 

como eu não sei rezar 

só queria mostrar 

meu olhar, meu olhar, meu olhar.

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