Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

Dualidade (Elisabeth Wolbeck)



Em tudo nessa vida há
em dois sentidos, dois modos.
Como encima e embaixo,
direita e esquerda,
antônimos e sinônimos,
tanto faz, você escolhe.


Se segue um, abandona o outro.
não há como ser os dois
ao mesmo tempo.
Se é noite, não é dia.
Se é certo, não é errado.
Você é quem manda no seu espaço.

Quem decide se vai ou se fica.
Se gosta ou se detesta.
Em tudo há essa dualidade.
Vida ou morte, azar ou sorte,
Amor ou ódio, começo ou fim.
Eu ou você.
Será que vamos nos entender?
Alegres ou tristes.
Será que podemos ser felizes?

Opostos se atraem,é o que dizem.
Como podem reinar ao mesmo tempo
sol e lua?
céu e inferno?
calor e frio?
Não pode meu ser estar assim...
Ora cheio ,ora vazio.
São duplas que não se completam.
Não formam um, uno, único.
Verdade ou mentira?

É preciso entender essa razão
de sempre haver o outro lado da moeda.
Ou cara ou coroa.
Por mais semelhantes que possam ser,
o jovem não é o velho,
nem o novo é o usado.

Em tudo há essa dualidade
por isso que acredito
Que se há o temporário e passageiro,
há de existir a eternidade.

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