Vida Subjuntiva (Emanuel Galvão)

Imagem
Foto: Eduardo Matysiak / Futurapress / Folhapress E se essa rua fosse minha E se a gente brincasse E se a bola ninguém furasse E se nossa trave seu João não chutasse Se na pistola ninguém pegasse Se o policial no menino preto não atirasse   Se essa rua fosse minha E nela ninguém mandasse Parar, quando a gente passasse E os documentos mostrasse E nossa mão se levantasse E nossa voz não calasse   Se essa rua fosse minha E a gente se rebelasse Entendendo a luta de classe E da política analisasse Sua cruel e podre face E acabasse o disfarce Atacando quem atacasse A gente multiplicasse E por força desse repasse Toda opressão cessasse   E se essa rua fosse minha Não tua! Eu não morava na rua Eu não dormia na praça Não mostrava a pele nua Não vestia a minha desgraça   Ah! se você entendesse Se você percebesse Se se compadecesse E intercedesse E retrocedesse   Talvez meu mundo Não fosse tão im...

PRA QUE EU SAIBA PERDOAR (José Fernandes de Oliveira)



Pra não ferir ninguém, eu vim te procurar...
Alguém me machucou e eu não pude nem chorar...
Escuta meu Senhor, escuta a minha história.


Por mil caminhos e a sorrir, eu procurei compreender,
nenhum irmão eu quis ferir eu só pensei em ajudar.

Mas houve quem não entendeu e destruiu o que eu ergui,
e arrancou o que eu plantei, desafiando minha paz.

De tanto ouvir falar de Ti, eu quis fazer como aprendi.
Eu quis amar sem distinção, de todos eu me fiz irmão.

Mas houve quem não entendeu e disse coisas que eu não fiz.
Eu tenho medo de esquecer de me esquecer que sou feliz.

Eu venho aqui pedir perdão, se por acaso eu mereci,
sofrer tamanha ingratidão, quando eu busquei sempre ajudar.


Mas quem não entendeu fui eu, que se esqueceu quem foi Jesus,
que fez um bem maior que o meu e mesmo assim morreu na cruz.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

TÊNIS X FRESCOBOL (Rubem Alves)

O Beijo (Elsa Moreno)

Vida Subjuntiva (Emanuel Galvão)

TERCETOS (Olavo Bilac)

A Reunião dos Bichos (Antônio Francisco)

'ATÉ QUE A MORTE...' (Rubem Alves)

Essa Negra Fulô (Jorge de Lima)

Gritaram-me Negra (Victoria Santa Cruz)