Vida Subjuntiva (Emanuel Galvão)

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Foto: Eduardo Matysiak / Futurapress / Folhapress E se essa rua fosse minha E se a gente brincasse E se a bola ninguém furasse E se nossa trave seu João não chutasse Se na pistola ninguém pegasse Se o policial no menino preto não atirasse   Se essa rua fosse minha E nela ninguém mandasse Parar, quando a gente passasse E os documentos mostrasse E nossa mão se levantasse E nossa voz não calasse   Se essa rua fosse minha E a gente se rebelasse Entendendo a luta de classe E da política analisasse Sua cruel e podre face E acabasse o disfarce Atacando quem atacasse A gente multiplicasse E por força desse repasse Toda opressão cessasse   E se essa rua fosse minha Não tua! Eu não morava na rua Eu não dormia na praça Não mostrava a pele nua Não vestia a minha desgraça   Ah! se você entendesse Se você percebesse Se se compadecesse E intercedesse E retrocedesse   Talvez meu mundo Não fosse tão im...

APARIÇÃO (Italmar Lamenha de Albertim)

           
              


Esperei por ela no final da tarde,
Que por algum motivo não apareceu;
Então senti como a saudade arde,
E o céu azul de pena escureceu.

Mas, felizmente me surgiram estrelas,
Tais quais brilhantes num belo colar;
Cintilavam à noite, sobre o imenso mar
Impressionando que pasmava em vê-las.

Fiz-me forte em meu desalento
E aliei-me à solidão da rua;
Mas conduzida por um forte vento

Em minha frente, branca, meiga e nua,
Acenou-me rindo lá no firmamento
A tão querida e esperada lua.

Copyright © 2013 by Italmar Lamenha de Albertin
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