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Mostrando postagens que correspondem à pesquisa por Emanuel Galvão

Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

DE POUCAS PALAVRAS (Emanuel Galvão)

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O beijo quase sempre era sem língua A língua, sinceramente, de poucas palavras As palavras, penetrantes, em meus ouvidos Dos ouvidos a alma

Deu Branco - O Patético Dia Que a Coisa Ficou Preta - (Emanuel Galvão)

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A coisa ficou preta Pintou preconceito Isso eu não aceito Dentro da minha letra Que não tem cor Mas imprime o preto da tinta Tem preconceito maior - Por favor, não minta! – Do que atribuir a cor preta A coisa ruim que se sinta? Talvez a borracha branca Apague a ideia nefasta Mas não afasta Mancha... O preconceito racial existe Na letra, na vida, no verso Faz parte do universo De quem ama De quem odeia O preto reclama Por que sente na pele O preconceito que o rodeia Pode parecer eufemismo Mas para mim é racismo Dizer que a coisa ta preta. Copyright © 2018 by Emanuel Galvão All rights reserved.

PAPEL RECICLADO DE AMOR E VIDA (Emanuel Galvão)

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Quando desesperadamente corpos Sobre corpos a se esfregar Num balé, sensual e embriagador Produz prazer e gozo E conduz a paz desinibida A forma mais primitiva do amor. Então silenciai: aí há vida.

Feliz Ano Todo! (Emanuel Galvão)

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Escolha uma definição de felicidade. Se tu tens em mãos a matéria prima Erga como se ergue uma cidade. Então nela, fielmente imprima: Tuas mais razoáveis necessidades. Apesar das dificuldades, não se deprima. Muito além, do fútil e das vaidades, Ou de qualquer possível autoestima. Qualquer força, que nos destina: Crenças, ordens, leis ou verdades, Para além das superestimas Ou mesmo das cruéis realidades. Escolha uma definição de Felicidade. Felicidade permanente é um engodo Imposta pelos credos e a sociedade... Felicidade sempre e não o tempo todo! Copyright © 2017 by Emanuel Galvão All rights reserved.

Céu da Boca (Emanuel Galvão)

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Um beijo em teu sorriso!  Este portal da alegria Onde o sol nasce e se  põe, E, mesmo quando choras,  As chuvas de  tuas lágrimas Fazem-se arco-íris Com a luz resplandecente Do teu belo  sorriso. Este portal da alegria, Que  guarda, mas não oculta As estrelas cálidas, Que  espalham-se pelo  céu, Espelhando todo suntuoso universo  Da tua boca. Tal sorriso,   Só poderia ser  emoldurado Por tão carnudos lábios, Lapidados pelo  próprio Eros:  Lúbricos de  mel. E, em meio à fantasia  Deliro em cócegas,  Que  tua língua Faz em minha alma. Esse  palácio lascivo  Que são os teus lábios,  Traz-me o inefável prazer  Que  habita em teu beijo. E, quando neste universo De mel, singularidade e  fantasia  Finalmente, sinto-me amplo. E, no teu céu, Atinjo o êxtase de  brincar, De procurar estrelas com  a língua. Copyright © 2007 by Emanuel Galvão All rights reserved.

INTUIÇÃO - ESPECTADOR DE ESTRELAS - (Emanuel Galvão)

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Não sei bem como decifrar os astros E por isso, perco sempre as estrelas É como se algo me proibisse de tê-las Guardá-las no peito, possuí-las nos braços.

VEM (Emanuel Galvão)

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Vem, Que o tempo bom é assim Passa bem ligeiro Somos nessa vida, não mais que passageiros Pois tudo nesse mundo tem um fim Mas não te preocupes, em cada novo dia há um começo Por ti, labuto sem pensar no cansaço Por ti, faço e aconteço Cada novo amor traz embaraço Tudo quanto quero e sei, eu mereço... Por ti, todo sacrifício sei que faço Pois do momento que acordo ao que adormeço Só penso no conforto dos teus braços. Vem, Que os desejos do meu coração o corpo cumpre Procurando fazer o que deseja e sente Vem Com dúvida ou mesmo resoluta Ardente, feroz ou suavemente Mas vem Irrestrita, completa, absoluta Pois eu quero ser feliz hoje Que é bem melhor que ser pra sempre. Copyright © 2007 by Emanuel Galvão All rights reserved.

O Professor Reinventado (Emanuel Galvão)

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Com um trabalho muito organizado Do plano de aula a sua caderneta Seja lendo para ficar atualizado Ou fazendo uso incansável da caneta Um verdadeiro empreendedor Que do ofício não se ausenta Por ser um agente transformador O professor sempre se reinventa   Adequando-se as regras da legislação Com sua rígida e pesada norma Acreditando que com a educação O mundo aprimora e transforma Aguerrido e muito batalhador Toda intempérie ele enfrenta Por ser um agente transformador O professor sempre se reinventa   Com o aprendizado sempre em mente Na aula a distância ou presencial Se preciso for, até alternadamente Seu objetivo último ou principal É ser um excelente formador De tudo se utiliza e experimenta Por ser um agente transformador O professor sempre se reinventa   Carente de uma maior valorização Não se acomoda ou se entrega Tem na sua abnegada profissão Amor que cultiva e sempre rega Porque quando se faz com amor A recompensa

Última Carta (Emanuel Galvão)

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É-me difícil escrever-te com ternura Movido assim por desgastada saudade Culpando talvez a desventura De tê-la protegido da verdade

"Cinismo" (Emanuel Galvão)

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Dedicado a Walfrido Pedrosa de Amorim (Nô Pedrosa) Um sujeito oculto e culto Que fez de suas palavras uma hoploteca Tem seu escritório Em frente à biblioteca -Doutor da anarquia- Seu predicado maior Era não ter dominação ou hierarquia. Tu me acusarás Eu não obedeço Ele me prende Eu não obedeço Nós protestaremos Eu não obedeço Vós desejais Eu não obedeço Eles mandam Eu não obedeço - não é pessoal, é convicção - Talvez tenha em outro plano Planos para sua subversão! Copyright © 2017 by Emanuel Galvão All rights reserved. *07 de setembro de 1940 +23 de dezembro de 2017

AMOR - SEM EXPLICAR (SEDUTOR SEDUZIDO) (Emanuel Galvão)

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Os meus olhos, sei te encabulam Porém, o silêncio não te incomoda Nesse meio, corações confabulam E meus braços teu corpo acomoda O que dizer do amor, qual a essência? Em que palavra inusitada ele reside? Onde buscar respostas, em qual ciência? Em quantas partes se compõe ou se divide? É preciso saber ouvir o amor! Eu que sempre me soube sedutor Via-me agora, perplexo e seduzido E ela tal qual fada, uma adivinha Socorreu-me em sussurro ao  meu ouvido - Cala tua boca , na minha. (Emanuel Galvão - Livro Flor Atrevida - Quadrioffice/2007)

Timidez - Eu Que Não Sei Falar de Amor (Emanuel Galvão)

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  Talvez haja um pouco de temor Mas preciso então esclarecer Revelar-me parece libertador Senão, sou capaz de padecer Eu que não sei falar de amor Resolvi escrever para você Meu corpo deseja teu calor Volúpia que me faz enlouquecer Com fúria e sem nenhum pudor E a certeza de não te esquecer Eu que não sei falar de amor Resolvi escrever para você As flores exalam seu olor Antes que possam fenecer O sol fornece seu calor Antes da noite o esconder  Eu que não sei falar de amor Resolvi escrever para você Das paixões sou colecionador Mas você me fez amolecer Com seu jeitinho encantador E beleza que não posso descrever Eu que não sei falar de amor Resolvi escrever para você Escrever é algo desafiador Mas que se pode aprender Amante não tem procurador Ninguém pode substabelecer Eu que não sei falar de amor Resolvi escrever para você Menina te falo com muito ardor Para você jamais me esquecer Ser poeta ou ser um trovador Nem se compara em te satisfazer Eu que não sei falar de amor Resolvi es

METÁFORAS (Emanuel Galvão)

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À Massimo Trosi e Pablo Neruda Ele me diz coisas que me intrigam... Depois descobri, que eram poesias - metáforas – Metáforas são sempre melhor Que mentiras.

VELHA ROUPA DESBOTADA (Emanuel Galvão)

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Vendo-a assim, nem parece confortável Surrada da vida até já desbotou Feito as pessoas puras, já amaciadas Pelos dissabores de sua pureza inextirpável Trazem o jeito ameno, de quem muito amou.

MAR SEM FIM (Emanuel Galvão)

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                                                                          Foz do rio São Francisco *para Ana & Alex                       "Do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento.                   Mas ninguém chama violentas às margens                          que o comprimem."                                                         Bertolt Brecht. Da nascente do colo meu Escorreu pequenininho Quando vi ele cresceu E seguiu o seu caminho. Riacho levado ele era Arteiro e cristalino Pureza, inquieta quimera Era assim o meu menino

FELIZ RENOVO (Emanuel Galvão)

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Quando você chegar Eu quero estar... Pois um dia sei que terei ido. Quando você chegar Que seja mais que outros Esperado, amado, querido Feliz.

A FORÇA DO AMOR (Emanuel Galvão)

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Todos ficaram espantados porque ela trocou um atleta por mim, um franzino poeta.

AS ESSÊNCIAS (Emanuel Galvão)

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Quero fugir dos extremos. Entre a afabilidade da pétala E a dor aguda do espinho Eu quero o aroma A essência da flor.

Anotações Importantes (Emanuel Galvão)

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Quando você chegar Vai encontrar o almoço Pronto na geladeira A planta já foi regada Deixe o vale da empregada Limpe tudo depois Que eu não estou de brincadeira E também muito cansada

Os Pés no Chão (Emanuel Galvão)

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Sabe seu moço, eu aprendi uma palavra nova. Uma palavra da moda, pra se falar de democracia. Tem a ver com falsidade, essa tal de hipocrisia. Serve para o poder prender gente sem prova, Mas deve ter alguma outra serventia: Tirar de circulação o que os “home” desaprova, Prejudicar quem já está com o pé na cova, Silenciar, quem sabe, alguma teimosia. Seu moço eu sou pessoa simples, “ignorante”, Mas, não vivo num mundo de fantasia. Quero lançar também meu grito retumbante! Sabe os de luta? Pertenço a essa categoria. Sou talvez um pé na cova com pés no chão. Seu moço, os oprimidos fazem a revolução. Copyright © 2018 by Emanuel Galvão All rights reserved.