Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Timidez - Eu Que Não Sei Falar de Amor (Emanuel Galvão)

 



Talvez haja um pouco de temor
Mas preciso então esclarecer
Revelar-me parece libertador
Senão, sou capaz de padecer
Eu que não sei falar de amor
Resolvi escrever para você

Meu corpo deseja teu calor
Volúpia que me faz enlouquecer
Com fúria e sem nenhum pudor
E a certeza de não te esquecer
Eu que não sei falar de amor
Resolvi escrever para você

As flores exalam seu olor
Antes que possam fenecer
O sol fornece seu calor
Antes da noite o esconder 
Eu que não sei falar de amor
Resolvi escrever para você

Das paixões sou colecionador
Mas você me fez amolecer
Com seu jeitinho encantador
E beleza que não posso descrever
Eu que não sei falar de amor
Resolvi escrever para você

Escrever é algo desafiador
Mas que se pode aprender
Amante não tem procurador
Ninguém pode substabelecer
Eu que não sei falar de amor
Resolvi escrever para você

Menina te falo com muito ardor
Para você jamais me esquecer
Ser poeta ou ser um trovador
Nem se compara em te satisfazer
Eu que não sei falar de amor
Resolvi escrever para você


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