Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Céu da Boca (Emanuel Galvão)



Um beijo em teu sorriso! 
Este portal da alegria
Onde o sol nasce e se  põe,
E, mesmo quando choras, 
As chuvas de  tuas lágrimas
Fazem-se arco-íris
Com a luz resplandecente
Do teu belo  sorriso.

Este portal da alegria,
Que  guarda, mas não oculta
As estrelas cálidas,
Que  espalham-se pelo  céu,
Espelhando todo suntuoso universo 
Da tua boca.

Tal sorriso,  
Só poderia ser  emoldurado
Por tão carnudos lábios,
Lapidados pelo  próprio Eros: 
Lúbricos de  mel.

E, em meio à fantasia 
Deliro em cócegas, 
Que  tua língua
Faz em minha alma.

Esse  palácio lascivo 
Que são os teus lábios, 
Traz-me o inefável prazer 
Que  habita em teu beijo.

E, quando neste universo
De mel, singularidade e fantasia 
Finalmente, sinto-me amplo.

E, no teu céu,
Atinjo o êxtase de  brincar,
De procurar estrelas com  a língua.

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