Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

Imagem
Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Senhora dos Prazeres (Ronaldo de Andrade / Mácleim)

                                                                     
 
Rainha de terra e mar
Senhora do azul do céu
Iara da Mundaú
Sereia das enseadas
Mãe d’água de Maceió
Sua graça é dos prazeres

Ó senhora das auroras
Estrela da madrugada
Que ilumina a cidade
Para dançar e tocarem
Bois e tambores nas ruas
De lá da Ponta da Terra
Te rendemos homenagens

Ó Iá da prosperidade
Mãe dos homens de fé
Jangadeiros, Trapicheiros
És também a flor do amor
Que adorna os terreiros
Encarnados da paixão
No Poço e no Jaraguá

Minha Mestra e Contra Mestra
Pastorinha do presépio
Diana do pastoril
Com manto faixa e coroa
E sete rosas na mão
Tanta graça, tanto mimo

Tá no badalar dos sinos
Nas torres perto de Deus
Da catedral onde moras
Ao brilho de sol e lua
Nos temporais e no estio
Encantai nossos cantores
Ó Senhora dos Prazeres.




Comentários

Postar um comentário

Deixe seu comentário. Ele é importante para nós. Apos verificação ele será publicado.

Postagens mais visitadas deste blog

Essa Negra Fulô (Jorge de Lima)

BORBOLETAS (Mario Quintana)

Se Voltares (Rogaciano Leite)

ESCUTATÓRIA (Rubem Alves)

Antepasto (Antônio Miranda)

Gritaram-me Negra (Victoria Santa Cruz)