Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Natal Nordestino (Eliezer Setton)



Eu pensei que todo mundo
Sem primeiro nem segundo
Fosse filho de Papai-do-Céu


Eu pensei de brincadeira
Numa vida de primeira
Onde eu tenha o que eu queira
De verdade em vez de no papel



Eu pensei e ainda penso
Que o amor e o bom senso
Vão reinar pra gente ser feliz


Eu pensei bem do meu jeito
Que eu também tenho direito
Ao Natal do meu país


Meu pinheiro é meu mandacaru
Com enfeites de algodão
Alpercata no terreiro
Os Reis Magos três vaqueiros
Aboiando no Sertão


Meu pinheiro é meu mandacaru
Cada um é nosso irmão
E o Natal, se verdadeiro,
Há de ter o ano inteiro
Paz na Terra aos bons de coração


E o Natal, se verdadeiro
Há de ter o ano inteiro
Paz na Terra aos bons de coração



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