Um dia um homem apaixonado por uma arte me
contaminou com o vírus da sedução das imagens com a mesma avidez
do poeta que atrai pela palavra. E como a terra que faz nascer a
semente nas suas entranhas, ele fez germinar dentro de mim o
interesse de viajar no mundo do cinema.
E foi assim que novos ventos
trouxeram tardes chuvosas intermeadas de sol, manhãs alegres e
aconchegantes noites de inverno, onde o calor da coberta dá o
conforto do descanso e o prazer de continuar deitado. Essas sensações
agradáveis a qualquer sertanejo, são nuances do estado de espírito
vivenciado quando se assiste ao bom filme. O bom é poder viajar na
imaginação vendo especificidades culturais que o cinema nos
proporciona e recriar na própria imaginação a grandeza da
influência da fábrica de sonhos.
Um dia, esse homem que sabe
muito bem decifrar os códigos da comunicação de várias maneiras,
conquistou-me. A princípio foi curiosidade, depois atenção pela
dedicação. Ele saiu escrevendo em todos os quadros murais da
faculdade o convite para vê um filme que o alunado não poderia
perder. Fiquei impressionada! Que filme é esse que faz com que uma
pessoa no final do expediente noturno suba escada e desça escada
convidando pessoas á assistir? E foi assim que conheci "O
CARTEIRO E O POETA". E também foi assim que conheci um pouco a
alma cinéfila de ELINALDO BARROS.
Professor querido, foi
você que me levou a apreciar a sétima arte.
Obrigada por
isso.
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