Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Errar é Humano (Antonio Pecci Filho - Toquinho / Elifas Andreato)




Não, não é vergonha, não,
Você não ser o melhor da escola,
Campeão de skate, o bom de bola ou de natação.

Não, não é vergonha, não,
Aprender a andar de bicicleta
Se escorando em outra mão.

Não, não é vergonha, não,
Você não saber a tabuada,
Pegar uma onda, contar piada, rodar pião.

Não, não é vergonha, não,
Precisar de alguém que ajude
A refazer sua lição.

A vida irá, você vai ver,
Aos poucos te ensinando
Que o certo você vai saber
Errando, errando, errando.

Não, não é vergonha, não,
Ser da turma toda o mais gordinho,
Ter pernas tortas, ser bem baixinho ou grandalhão.
Não, não é vergonha, não.
Todos sempre têm algum defeito,
Não existe a perfeição. 






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