Vida Subjuntiva (Emanuel Galvão)

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Foto: Eduardo Matysiak / Futurapress / Folhapress E se essa rua fosse minha E se a gente brincasse E se a bola ninguém furasse E se nossa trave seu João não chutasse Se na pistola ninguém pegasse Se o policial no menino preto não atirasse   Se essa rua fosse minha E nela ninguém mandasse Parar, quando a gente passasse E os documentos mostrasse E nossa mão se levantasse E nossa voz não calasse   Se essa rua fosse minha E a gente se rebelasse Entendendo a luta de classe E da política analisasse Sua cruel e podre face E acabasse o disfarce Atacando quem atacasse A gente multiplicasse E por força desse repasse Toda opressão cessasse   E se essa rua fosse minha Não tua! Eu não morava na rua Eu não dormia na praça Não mostrava a pele nua Não vestia a minha desgraça   Ah! se você entendesse Se você percebesse Se se compadecesse E intercedesse E retrocedesse   Talvez meu mundo Não fosse tão im...

Manhã de Primavera (Lelê Teles)



Primavera é toda feminina, é quando a flora inteira se junta para parir flores e gestar frutos. A cidade começa a colorir, florir, jactar-se.


As moças lindamente andam com alguma grinalda na orelha, a fazer charme. Os homens desencanam e igualmente adornam em flores suas lapelas.

As árvores se vestem de flores e a natureza investe em odores. Alegria dos floristas, felicidade dos namorados, júbilo dos beija-flores, vida nos cemitérios.


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