MEUS ESTIMADOS AMIGOS - DIA DO POETA (Emanuel Galvão)

Imagem
Para começar a semana Visitei meu amigo Mário Refiro-me ao Quintana E para meu poema  ficar danado de bom Parceria com Drummond Para ele não conter vícios Parceria com Vinicius E ser amigo do rei Nessa grande brincadeira Acompanhei Manuel Bandeira Também entre as pedras Cresceu minha poesia Cresceu com essa menina Grande Cora Coralina Poesia não precisa de motivo Basta ler em Ledo Ivo Quero iluminar de cima Acendendo lampiões Como fez Jorge de Lima Fazer um poema elegante Sofisticado, bacana Como faz o Afonso O Romano de Sant’anna Fazer poesia que arde Como faz Bruna Lombardi Não escrever coisa atoa Como fez Fernado Pessoa Fazer veros de quilate Como o Olavo Bilac Poema que seja casa Grande como uma mansão Como ergueu Gonzaga Leão Poema de morte e vida Severina vida sem teto Trabalhar no mesmo tema Faze grande o meu poema Como João Cabral de melo Neto Poema que a boca escarra E que escreve com a mão Que afaga e apedreja Sem flores e seus arranjos Como fez Augusto dos Anjos E na Can...

Percebi, que... (Marla de Queiroz)



Percebi que, na maioria das vezes em que sofro, é por causa de uma sensação de inadequação. É como se eu não conseguisse cuidar direito da minha vida, do meu mundo, da minha rotina, de mim mesma. E passo o dia esperando que chova ou faça sol porque pode ser “culpa” do cenário que não está combinando com o meu estado de espírito naquele momento. Tolice... Logo amanhece e fica tão claro que o Universo não tem absolutamente razão ou possibilidade alguma de se adequar a mim. Eu tenho que me adequar às mudanças constantes_ enormes, bruscas ou sutis e pequenas_ mas sempre relevantes, contínuas.

Hoje eu acordei mais adequada, excentricamente adequada. E passei o dia me divertindo com a minha exuberância emocional. E leve, leve, porque tudo é tão breve. E o dia acabou, e no sábado fez sol, e no domingo choveu e a segunda-feira, para muitos, foi mais um dia preguiçoso, e para mim, uma semana em branco começando. Tudo tão irresistível, dias versáteis com calor e frio e a possibilidade de mudar de figurino para me adequar ao cenário.
Hoje eu senti muito amor pelas coisas, pelas pessoas. E senti saudades sem apegos, eu estava inteira no meu dia. Percebi que sofro, quando me doo em fragmentos, desalinhada, em conta-gotas. Quando não existe entrega no que faço, uma parte de mim fica em algum lugar desconhecido e eu perco muito tempo em busca dessa parte. Quando eu me desconecto da fé e da confiança na vida, eu sinto medo de existir. Por isso, quando sofro, eu me investigo. Porque o sofrimento, definitivamente, sente-se inadequado em quem aprendeu a gargalhar com o corpo todo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

TÊNIS X FRESCOBOL (Rubem Alves)

O Beijo (Elsa Moreno)

Essa Negra Fulô (Jorge de Lima)

A Reunião dos Bichos (Antônio Francisco)

Eu Te Desejo (Flávia Wenceslau)

MEUS SECRETOS AMIGOS (Paulo Sant'Ana)

Gritaram-me Negra (Victoria Santa Cruz)

MEUS ESTIMADOS AMIGOS - DIA DO POETA (Emanuel Galvão)