Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

Arrastada (Patrícia Polayne)


Ficou de cara mas foi só por pouco tempo
Que o mau grado desatento despertou sua atenção.
Será o benedito que o meu argumento
Sem metáforas só movimento caiba na canção.

Te querendo, tô te querendo navegar.
Ela ganhou do rei a condecoração
Entrou pra casa do pinhão
Mas enfrentou recepção hostil.
E descobriu que o novo que tanto procura
Já não estava na grandeza mas no menor do Brasil.
Te querendo, tô te querendo navegar.
Ser de pano, boneca de trapo
Já sofreu tanto maltrato desse típico sertão
Brincou com a morte, dançou na casa da sorte
Levantou saindo em disparada rumo ao coração.
Te querendo, tô te querendo navegar.
Óh misterioso rio
Fundo caudaloso feito uma mulher.
E a poesia (vai me arrastar até o mar)
E a navegação (vai me arrastar)
O sonho que sonhei é outro (vai me arrastar até o
mar)
A vida que criei é minha (vai me arrastar).
*Ouça Patrícia Polayne em Show do lançamento do disco 'O Circo Singular'
*Veja o vídeo clip em HD com direção de Gabriela Caldas aqui:

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