Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

NU (Emanuel Galvão)





                                     Disseram-me certa feita: a poesia é um crime perfeito.”
                                                                                     Juliano Beck
                                              
Eu quero entrar em você
Não metaforicamente
Mais sim loucamente
Como deve realmente ser
E introduzir coisa mais firme
Que essa minha conversa mole...
Não abra seu coração para mim
Abra sua blusa
“Como faria qualquer mulher confusa
Em seu lugar”
Que o poeta, saio para boemia
Levando com ele a poesia.
Aceita o homem
Sem caneta, sem papel...
Ele está nu...
E te espera para fazer:
O que nunca ousou escrever.
Eu quero te ofertar a palavra nua
Dura
Latejando
De desejo
E quero a tua boca
E todos os lábios
Para sugar o néctar virginal...
De mim.
Que
A parte branca da tua carne
A parte vermelha
Aparte de mim o amor platônico
Que teima arder no peito
Quando desejo o ardor do leito.

Pode rasgar estes versos
E junto com ele suas vestes
Quero você em pelo...
Pelo desejo e seu apelo
perverso
Que nada poupa.
Não se oponha
Eu te quero
Sem lua, sem verso
Sem vergonha
Sem roupa.


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