Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

CORAÇÕES FRAGMENTADOS (Emanuel Galvão)



Quantas vezes amará um coração fragmentado?
Quantos desertos atravessará em sua solidão?
A resposta está, tão somente, na perfeita aptidão
Que tem o coração para ser cruelmente maltratado.

Às vezes acho, que nunca mais amarás
Que nunca, nunca mais haverá sofrimento
Pois ora vejo, bateres descadenciado e lento
E firme nessa decisão, não voltarás atrás.

Mas percebo ajuntares os teus fragmentos
Na carência pérfida dos solitários momentos
Em que a pele implora por prazer.

E tu, coração apaixonado, teimas em ceder
Apostando na alegria, coração sem juízo
Quase se deixando abater, bates, amar é preciso.

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Comentários

  1. AH! quantas vezes me senti assim,fragmentada,com coração em pedaços.Mas, não é que o danado do coração sempre dá um jeitinho de se recuperar? kkkkkkkkkkkkkkk Emanuel,vc é um apaixonado poeta,é deste tipo de poeta que gosto,que transborda a paixão que tem em suas poesias, com tamanha elouqüência que quem lê fica também apaixonado.Obrigada pelo prazer que tenho ao ler suas poesias!Excelentes!

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    Respostas
    1. Olá Elisabeth!

      Sempre muito feliz com seus comentários.
      Obrigado!
      Grande abraço!

      Emanuel Galvão

      Excluir

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