Invenção de Orfeu UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] (Jorge de Lima)

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Catástrofe ambiental provocada pela Braskem [ [UM MONSTRO FLUI NESSE POEMA] Um monstro flui nesse poema feito de úmido sal-gema. A abóbada estreita mana a loucura cotidiana. Pra me salvar da loucura como sal-gema. Eis a cura. O ar imenso amadurece, a água nasce, a pedra cresce. Mas desde quando esse rio corre no leito vazio? Vede que arrasta cabeças, frontes sumidas, espessas. E são minhas as medusas, cabeças de estranhas musas. Mas nem tristeza e alegria cindem a noite, do dia. Se vós não tendes sal-gema, não entreis nesse poema.           Invenção de Orfeu, Canto Quarto, poema I

MULHER POR EXCELÊNCIA (Emanuel Galvão)



Esse macho, que me vem como ladrão
Me rouba essa segurança de mulher
Despreza-me com esse olhar de mansidão
E me devora com seus beijos, quando quer.

Esse homem de sorriso cínico e jocoso
Que me cheira toda e me morde feito cão
É meu menino de odor e carinho maravilhoso
Que me faz sua mulher, na febre da tesão.

Esse potente, sem físico de atleta
De olhar sensual e mente atirada,
É meu herói, disfarçado de poeta,
Que deita no meu ventre até a madrugada.

Esse ser devasso maquina toda a trama:
Beija meu ouvido, fala indecências
Deita-me em sua cama e diz que me ama
É quem me faz sentir mulher por excelência.

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