Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

Senhora dos Prazeres (Ronaldo de Andrade / Mácleim)

                                                                     
 
Rainha de terra e mar
Senhora do azul do céu
Iara da Mundaú
Sereia das enseadas
Mãe d’água de Maceió
Sua graça é dos prazeres

Ó senhora das auroras
Estrela da madrugada
Que ilumina a cidade
Para dançar e tocarem
Bois e tambores nas ruas
De lá da Ponta da Terra
Te rendemos homenagens

Ó Iá da prosperidade
Mãe dos homens de fé
Jangadeiros, Trapicheiros
És também a flor do amor
Que adorna os terreiros
Encarnados da paixão
No Poço e no Jaraguá

Minha Mestra e Contra Mestra
Pastorinha do presépio
Diana do pastoril
Com manto faixa e coroa
E sete rosas na mão
Tanta graça, tanto mimo

Tá no badalar dos sinos
Nas torres perto de Deus
Da catedral onde moras
Ao brilho de sol e lua
Nos temporais e no estio
Encantai nossos cantores
Ó Senhora dos Prazeres.




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