Vida Subjuntiva (Emanuel Galvão)

Imagem
Foto: Eduardo Matysiak / Futurapress / Folhapress E se essa rua fosse minha E se a gente brincasse E se a bola ninguém furasse E se nossa trave seu João não chutasse Se na pistola ninguém pegasse Se o policial no menino preto não atirasse   Se essa rua fosse minha E nela ninguém mandasse Parar, quando a gente passasse E os documentos mostrasse E nossa mão se levantasse E nossa voz não calasse   Se essa rua fosse minha E a gente se rebelasse Entendendo a luta de classe E da política analisasse Sua cruel e podre face E acabasse o disfarce Atacando quem atacasse A gente multiplicasse E por força desse repasse Toda opressão cessasse   E se essa rua fosse minha Não tua! Eu não morava na rua Eu não dormia na praça Não mostrava a pele nua Não vestia a minha desgraça   Ah! se você entendesse Se você percebesse Se se compadecesse E intercedesse E retrocedesse   Talvez meu mundo Não fosse tão im...

Amor Cachoeira (Paulino Vergetti Neto)



Não há a distância que vejo
entre os teus olhos e os meus
que se vêem sem se verem.
Há dois imensos corações que ouvem
um grande amor nascer


Um horizonte há de nos caber
e fá-lo-ei de nós
para sem fim amarmos tudo
como um caudaloso rio, bem fundo
que vai beijar um mar distante...

A distância será sempre o nosso sal.
Amo-te, minha linda,
Com a alma de homem
e a fúria de um animal...

*Veja mais do autor em sua página pessoal, clicando aqui:

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

TÊNIS X FRESCOBOL (Rubem Alves)

O Beijo (Elsa Moreno)

Essa Negra Fulô (Jorge de Lima)

A Reunião dos Bichos (Antônio Francisco)

Eu Te Desejo (Flávia Wenceslau)

Vida Subjuntiva (Emanuel Galvão)

TERCETOS (Olavo Bilac)

MEUS SECRETOS AMIGOS (Paulo Sant'Ana)