Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

Uma Paixão Sedutora (Socorro Monteiro)



Um dia um homem apaixonado por uma arte me contaminou com o vírus da sedução das imagens com a mesma avidez do poeta que atrai pela palavra. E como a terra que faz nascer a semente nas suas entranhas, ele fez germinar dentro de mim o interesse de viajar no mundo do cinema.
E foi assim que novos ventos trouxeram tardes chuvosas intermeadas de sol, manhãs alegres e aconchegantes noites de inverno, onde o calor da coberta dá o conforto do descanso e o prazer de continuar deitado. Essas sensações agradáveis a qualquer sertanejo, são nuances do estado de espírito vivenciado quando se assiste ao bom filme. O bom é poder viajar na imaginação vendo especificidades culturais que o cinema nos proporciona e recriar na própria imaginação a grandeza da influência da fábrica de sonhos.
Um dia, esse homem que sabe muito bem decifrar os códigos da comunicação de várias maneiras, conquistou-me. A princípio foi curiosidade, depois atenção pela dedicação. Ele saiu escrevendo em todos os quadros murais da faculdade o convite para vê um filme que o alunado não poderia perder. Fiquei impressionada! Que filme é esse que faz com que uma pessoa no final do expediente noturno suba escada e desça escada convidando pessoas á assistir? E foi assim que conheci "O CARTEIRO E O POETA". E também foi assim que conheci um pouco a alma cinéfila de ELINALDO BARROS. 



Professor querido, foi você que me levou a apreciar a sétima arte. 
Obrigada por isso. 

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