Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

NU (Emanuel Galvão)





                                     Disseram-me certa feita: a poesia é um crime perfeito.”
                                                                                     Juliano Beck
                                              
Eu quero entrar em você
Não metaforicamente
Mais sim loucamente
Como deve realmente ser
E introduzir coisa mais firme
Que essa minha conversa mole...
Não abra seu coração para mim
Abra sua blusa
“Como faria qualquer mulher confusa
Em seu lugar”
Que o poeta, saio para boemia
Levando com ele a poesia.
Aceita o homem
Sem caneta, sem papel...
Ele está nu...
E te espera para fazer:
O que nunca ousou escrever.
Eu quero te ofertar a palavra nua
Dura
Latejando
De desejo
E quero a tua boca
E todos os lábios
Para sugar o néctar virginal...
De mim.
Que
A parte branca da tua carne
A parte vermelha
Aparte de mim o amor platônico
Que teima arder no peito
Quando desejo o ardor do leito.

Pode rasgar estes versos
E junto com ele suas vestes
Quero você em pelo...
Pelo desejo e seu apelo
perverso
Que nada poupa.
Não se oponha
Eu te quero
Sem lua, sem verso
Sem vergonha
Sem roupa.


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