Um Amor (Emanuel Galvão)

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              Alguém já me havia dito que a vida é bem representada pelo aparelho que fica ao lado do leito dos pacientes, principalmente os da UTI. Aquele que faz um sobe-desce e determina o ritmo do coração, um gráfico para dizer a quantas anda nosso batimento cardíaco.  A vida tem seus altos e baixos, vejam, suas árduas subidas e os santos ajudando ladeira a baixo, como diz o ditado.            Naquele aparelho o que não se quer é uma linha reta, horizontal a sinalizar que descansamos. E na batalha da vida, pela vida e com a vida, os amores. Esses que também tem aclives e declives e podem ser difíceis para alguns, como estas palavras. Afinal, a vida não é para amadores. E eu direi: a vida é para amantes. Esses que de conversa em conversa, vão alimentado de saudades um relacionamento, esses temperados com sorrisos, carinhos e gentilezas.            São esses amores silenciosos, com menos boca e mais ouvidos que conquistam a eternidade. Saber ouvir é uma arte, saber ouvir e sorrir  é

A VOZ DO SOLO (Italmar Lamenha de Albertim)




Queima sol,
Esse chão sofredor;
Sopra vento,
Pra aliviar minha dor.

Já não sei a que vim,
Se nada produzo ou crio...
Será castigo pra mim,
Ou apenas desafio?

Não chores tanto menina,
Não tenhas mágoa de mim;
Tua vaquinha morreu?
Foi Deus quem quis assim.

Não tenho culpa da fome
Que matou tua malhada;
A árvore também está triste,
Porque está desfolhada.

Se matar a minha sede
Tua lágrima pudesse,
Viveria na fartura
Quem tanto hoje padece.

Vamos ter fé no Pai
Que criou o universo;
Que Ele entenda e perdoe
O meu desabafo em verso.

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